Adeus diário velho



Há muito, muito, muito tempo atrás existia uma garota. Uma garota e seu diário. Sonhos, anseios, medos, acontecimentos tudo transformado em palavras, palavras essas que ao serem colocadas no papel pareciam fáceis, possíveis, reais. 

A menina que não sabia se expressar direito, que com palavras não conseguia dizer o que sentia ou queria, essa mesma menina com uma caneta na mão e um papel (um guardanapo que seja) conseguia transportar quem quer que fosse pra um verdadeiro espetáculo de palavras que se encaixavam umas nas outras e expressavam  emoção de uma forma diferente de se ver ou melhor de se ler, uma formar escrita de falar e assim escrevendo seus textos, transformando seus pensamentos em palavras a garota de olhos de ressaca, como diria machado de assis, ia cultivando um habito que seria o melhor que ela poderia adotar para sua vida. 


Escrever era uma terapia, o papel era seu próprio analista, transportar a sua dor para o papel fazia doer menos, e a felicidade no papel emocionava muito mais. E assim os anos passavam, palavras surgiam e sentimentos novos apareciam. A menina cresceu e o diário ficou esquecido. Mais isso não significava que ela tinha parado de escrever seus textos. eles estavam por toda parte, bastava uma singela inspiração e a garota tava lá com a caneta colocando suas ideias no papel.

Hoje, mexendo em coisas velhas a garota percebeu que aquele diário onde ela escrevia coisas bobas não existia mais, o diário velho se foi e junto com ele a garota boba também. Hoje ela está mais velha, mais forte, mais mulher.

Um beijo.

Autoria:
Luana Sphinelly:  Adora colocar suas ideias no papel, mas nunca teve um diário. :)

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